Veja o que é saúde digital na prática e saiba como os dispositivos de monitoramento podem contribuir para o controle e a prevenção de diversos problemas.
É inegável como o avanço da tecnologia também influenciou no cuidado com o bem-estar. Dessa forma, vale compreender o que é saúde digital e como suas aplicações colaboram na prevenção e no controle de diversas condições, fortalecendo o autocuidado.
Exemplo disso são os aparelhos de monitoramento. Eles integram recursos e oferecem possibilidades que tornam mais simples e cômodo coletar e acompanhar indicadores de saúde. Muitos deles estão relacionados à doenças que se não forem devidamente controladas podem gerar complicações graves.
Afinal, o que é saúde digital?
De forma direta, a saúde digital é a área dedicada a desenvolver o uso de tecnologias de comunicação e informação para apoiar serviços de cuidado. Dessa forma, é possível citar como exemplo desde plataformas de telemedicina até justamente os aparelhos de monitoramento digital. Dessa forma, o celular no seu bolso pode se tornar um aliado do bem-estar.
Embora seja anterior à pandemia, foi esse período que acelerou bastante o uso de tais ferramentas. É provável que depois da Covid-19 você tenha entrado em contato pela primeira vez com algum aplicativo ou dispositivo para receber atenção à saúde sem sair de casa.
Ainda assim, a exploração de todas as potencialidades da saúde digital está longe do que seria possível. De qualquer forma, com o avanço constante do setor, a expectativa é de que esses recursos possibilitem um melhor acesso à saúde e uma redução de custos. Isso é ainda mais relevante quando se leva em conta como as complicações de diversas doenças impactam os sistemas de saúde.
Como os aparelhos de monitoramento colaboram no controle da saúde?
Apesar de tudo, alguns dos benefícios da saúde digital não necessariamente dependem da introdução de grandes recursos. Mudanças no cuidado, na prevenção e no acompanhamento de diferentes problemas já podem fazer uma enorme diferença. Um exemplo palpável disso é o diabetes e a utilização de dispositivos de monitoramento.
Não custa lembrar: essa é uma condição crônica que atinge mais 537 milhões de pessoas em todo mundo, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes. O tratamento desse problema depende, entre outras medidas, do acompanhamento do nível de açúcar do organismo. Por muito tempo os pacientes dependiam daqueles aparelhos com fitinhas de papel para medir a glicose. Hoje, é possível contar com o suporte de monitores contínuos, com diversos recursos digitais.
Esses aparelhos funcionam por meio de um dispositivo acoplado à pele que pode ser escaneado para obter a informação sobre a glicose. Os resultados podem ser armazenados e compartilhados ao longo do tempo. Com isso, é possível avaliar o sucesso do tratamento, fazendo os ajustes necessários sempre que identificada tal necessidade.
Quando pensamos além do diabetes, nem é preciso ir muito além para encontrar outros exemplos do uso de recursos de monitoramento. Cada vez mais celulares, smartwatches (relógios conectados à internet) e pulseiras inteligentes integram aplicativos que podem ser úteis no acompanhamento de diferentes sinais vitais ou para que o paciente obtenha orientações importantes no cuidado com a própria saúde. Logo, tais recursos contribuem também para que o paciente desenvolva uma maior autonomia a respeito do seu bem-estar.
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Que cuidados você precisa ter para aproveitar os benefícios da saúde digital?
Ao mesmo tempo em que as possibilidades da saúde digital e do uso de dispositivos de monitoramento chamam a atenção, é preciso também compreender quais são os seus limites. Deve ficar claro, por exemplo, que nenhum tipo de ferramenta substitui o tratamento convencional para qualquer doença.
Tais recursos também estão longe de resolverem todos os problemas referentes ao acesso à saúde. Além de questões econômicas, profissionais do setor precisam se atualizar e entender melhor em que circunstâncias a adoção dessas alternativas entregam os maiores benefícios.
O bom uso de tais dispositivos e aplicações depende também de que os usuários sigam as instruções dos fabricantes e desenvolvedores. Outro cuidado envolve avaliar eventuais riscos, ainda mais quando se considera que o uso de determinados dispositivos pode expor dados sensíveis, comprometendo o sigilo do paciente.
No mais, quem usa planos de saúde precisa ter em mente que essas ferramentas não são cobertas pelo benefício, seja por rede credenciada, seja por reembolso. Pois, para que tenham cobertura, é preciso que dispositivos e tratamentos constem no rol de coberturas da Agência Nacional de Saúde Suplementar, a ANS, que regula a atuação de tais serviços.
Ainda assim, entender o que é saúde digital e o papel da adoção de dispositivos de monitoramento cada vez mais conectados e integrados pode contribuir para reforçar a qualidade de vida. Além disso, pode ser interessante observar a evolução desse segmento, que tem muita margem para crescer nos próximos anos.
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