Vacinas são uma forma segura e eficiente de proteger o organismo humano contra doenças infecciosas, sendo normalmente produzidas a partir de microscópicas partes do agente agressor, seja de modo enfraquecido ou inativado. As vacinas de rotina nos protegem contra diferentes tipos de doenças.
As vacinas são aplicadas via injeção ou por via oral. Uma vez vacinado, o seu corpo detecta a substância da vacina e produz uma linha de defesa chamada de anticorpos. Esses anticorpos permanecem no organismo e evitam que a possível doença ocorra no futuro.
Isso é a imunidade.
Quando adotada como estratégia de saúde pública, as vacinas são reconhecidas como um dos melhores investimentos em saúde considerando o custo-benefício.
A primeira vacina foi desenvolvida no século XVIII pelo médico Edward Jenner, quando a varíola era a maior ameaça à população mundial.
Foi justamente graças à vacina que, em 1980, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a humanidade conseguiu erradicar a varíola, doença responsável por mais de 300 milhões de óbitos em todo o mundo.
Há 20 anos, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço da OMS nas Américas, realiza a Semana de Vacinação nas Américas, para conscientizar a população sobre a importância das vacinas para proteção contra doenças e para redução do número de mortes.
Veja mais: A importância das vacinas: entenda por que você deve manter a imunização em dia
Imunidade de grupo: proteção para todos
As vacinas protegem não só quem a recebe, mas a comunidade como um todo. Quanto mais indivíduos de uma determinada comunidade são vacinados, menor é a chance de qualquer pessoa, vacinada ou não, adoecer.
É a chamada imunidade de grupo ou imunidade rebanho.
A proporção de uma população que precisa ser vacinada para que seja mantida a imunidade de grupo é variável a depender da doença, para sarampo, por exemplo, é de 95%. Para a poliomielite, que é menos contagiosa, é de 80%.
A imunidade de grupo só é alcançada quando as pessoas que já foram infectadas ou vacinadas não se infectam nem transmitem o microrganismo causador da doença.
A imunidade de grupo beneficia pessoas que por algum motivo não podem ser vacinadas, seja pela pouca idade, no caso dos bebês, seja por reações alérgicas aos componentes das vacinas, entre outros motivos
Em se tratando da Covid-19, uma doença nova, com características e consequências que ainda estão em fase de estudo, a não adoção de medidas de contenção, deixando que o vírus se transmitisse livremente, teria feito com que o contágio e o número de casos de doença grave disparassem ainda mais.
Importância do calendário de vacinas de rotina
Em momento em que os esforços mundiais estão voltados para o combate da pandemia de Covid-19, e os governos e meios de comunicação reforçam como é vital a vacina contra o novo coronavírus, cabe lembrar a importância do calendário de vacinas de rotina.
Segundo a OPAS, milhões de crianças das Américas estão com o atraso na vacinação de rotina por conta da pandemia, colocando o continente em risco de perder duas décadas de progresso na imunização.
O calendário vacinal de rotina inclui vacinas contra diversas doenças, como:
O calendário de vacinação é dividido de acordo com a faixa etária, havendo vacinas específicas para recém-nascidos, crianças, adolescentes, adultos e idosos. O calendário contempla ainda gestantes e povos indígenas.
De acordo com Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a manutenção da vacinação de rotina contribui para o statusde controle ou erradicação de determinada doença em uma região.
Doenças que já foram erradicadas do Brasil, como a poliomielite, correm o risco de serem reintroduzidas no país com a queda da cobertura vacinal.
O que é o Programa Nacional de Imunizações?
O Brasil conta com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado em 1973 e considerado uma referência mundial, a iniciativa oferta 49 diferentes imunobiológicos gratuitamente para toda população brasileira.
O PNI integra o Programa da Organização Mundial da Saúde, com o apoio técnico, operacional e financeiro da UNICEF e contribuições do Rotary Internacional e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O Ministério da Saúde preconiza alguns pontos para a ampliação da cobertura vacinal de rotina em todo o país, entre eles:
- Manutenção das salas de vacina durante todo o horário de funcionamento da unidade de saúde;
- Não obrigatoriedade do comprovante de residência;
- Aproveitamento das consultas de rotina para verificação da situação vacinal;
- Busca ativa dos faltosos;
- Promoção de campanhas educativas.
Veja mais: Confira 7 mitos sobre a importância das vacinas
Nunca é demais lembrar: vacinas salvam vidas!
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