O tratamento de câncer de próstata combina diversas técnicas para remover o tumor e evitar que ele retorne.
Você sabe como funciona o tratamento de um câncer de próstata? Atualmente, as condutas mais adotadas depois de identificada a doença combinam diferentes procedimentos para remover o tumor e prevenir recidivas. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2022, mais de 70 mil brasileiros receberam tal diagnóstico.
Cabe ressaltar que o diagnóstico precoce da alteração e o tratamento adequado aumentam bastante a chance de recuperação do paciente. Por isso, acima de tudo, vale sempre investir na prevenção e não ignorar a importância dos exames periódicos para identificar qualquer alteração ainda em estágio inicial
A evolução de um câncer de próstata
A próstata é uma glândula exclusiva do sistema genital masculino. Ela fica localizada na frente do reto e abaixo da bexiga. Suas dimensões em condições saudáveis são similares às de uma noz e o peso não é maior do que 20 gramas. Todavia, é comum que ela aumente com o passar da idade. A função da próstata é produzir parte do líquido que compõe o sêmen, tornando-o mais fluido e favorável à circulação dos espermatozoides.
Por uma série de aspectos um tumor pode se formar na próstata. A idade costuma ser o principal fator de risco: quanto mais velho, maior a chance de ter o problema. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 75% dos casos atingem homens acima dos 65 anos. Além disso, entre outros componentes da chance de desenvolver a doença estão o sobrepeso, o histórico familiar, o fumo e a exposição crônica a determinados componentes químicos.
Em determinados casos, o tumor pode se disseminar rapidamente, espalhando-se de forma muito ágil para outras partes do corpo. Nesses casos, o paciente pode morrer em um intervalo curto de tempo. Por outro lado, muitos tumores progridem tão lentamente que podem passar despercebidos por toda a vida sem sequer oferecer risco à saúde.
Logo, a evolução silenciosa costuma ser uma característica de um tumor na próstata. Assim sendo, a maioria dos casos não provoca qualquer sintoma. De qualquer forma, entre alguns possíveis sinais locais estão incontinência urinária e jato de urina sem força. Quando os sintomas se tornam mais perceptíveis, pode ser que a doença já tenha se espalhado.
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Rastreamento e diagnóstico dessa doença
Para facilitar a identificação da do câncer em estágios precoces, é possível recorrer a estratégias de rastreamento (ou seja, da realização de exames sem qualquer suspeita da doença). No caso do câncer de próstata, isso é feito por meio do toque retal e do exame de PSA (antígeno prostático específico).
É preciso ponderar a relação entre risco e benefício desses procedimentos. Eles podem ocasionar intervenções desnecessárias, principalmente quando se leva em conta que condições benignas (como a hiperplasia da próstata) costumam desencadear alterações similares. No fim, o ideal é procurar um médico e discutir a relevância de tais abordagens, considerando risco de desenvolver a doença caso a caso.
Quando há suspeita da doença, além dos exames já mencionados, é preciso submeter o paciente a uma biópsia. Nesse tipo de avaliação, um pequeno fragmento da próstata é coletado por meio de uma incisão e avaliado em laboratório em busca da presença de tecidos cancerígenos.
As principais opções de tratamento de câncer de próstata
Como acontece em outros tipos de câncer, o tratamento adotado quando se identifica um tumor na próstata depende da fase em que a doença se encontra. De um lado, pacientes com doenças em estágio inicial e com baixo risco de complicação podem restringir as intervenções necessárias apenas ao acompanhamento do quadro.
Por outro lado, em boa parte dos casos, a combinação entre cirurgia, radioterapia e terapia hormonal costuma ser a opção mais adotada. Nas cirurgias mais comuns para lidar com o problema, a próstata é removida junto com tecidos que porventura tenham sido afetados.
Depois da cirurgia, a radioterapia e a terapia hormonal são aplicadas para reduzir a chance que o câncer retorne. Por fim, a quimioterapia pode ser utilizada em casos refratários (ou seja, que resistem a outros tratamentos), sobretudo quando a hormonioterapia se mostra ineficiente.
Ainda que nem todo homem com câncer de próstata precise de uma cirurgia, as consequências desse procedimento despertam preocupação entre os pacientes. Entre os efeitos colaterais mais frequentes do tratamento do câncer de próstata por via cirurgica são a incontinência urinária e a disfunção erétil.
De qualquer maneira, as técnicas evoluíram bastante nas últimas décadas e parte dos operados consegue manter a função sexual ativa depois da remoção da próstata. No mais, vale citar que outras intervenções também podem gerar efeitos colaterais específicos.
É fundamental destacar que a conduta adequada precisa ser cuidadosamente avaliada pelo médico responsável, que considera também a disponibilidade de procedimentos disponíveis no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Além disso, cabe ao profissional sempre ponderar os riscos e os benefícios de cada opção e discutir tal aspecto junto do paciente.
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