A terapia ocupacionaldomiciliar, para pacientes com Parkinson, contribui com a qualidade de vida de quem sofre com a doença. Confira.
O que é a Doença de Parkinson?
O Parkinson, é uma doença neurológica que afeta as células do nosso cérebro que são responsáveis pela produção de dopamina. Considerando, portanto, que a dopamina é responsável pela condução de correntes nervosas (neurotransmissores) que são fundamentais para a movimentação do nosso corpo, a falta dela afeta aspectos motores.
Sintomas
A Doença de Parkinson possui evolução progressiva, ou seja, os primeiros sinais e sintomas são mais leves e com o tempo eles se intensificam. Em geral, os sintomas são:
- Lentidão de movimentos;
- Tremor de repouso;
- Postura inclinada para frente;
- Rigidez muscular;
- Dificuldade para engolir;
- Tontura;
- Distúrbios do sono, respiratórios ou urinários;
- Desequilíbrio;
- Dificuldades na fala e na escrita;
- Caminhar arrastando os pés.
Um dos primeiros sinais observados em quem sofre de Parkinson é o tremor de repouso, pois ele ocorre quando não há movimento ou esforço. Por isso, ele é facilmente observado quando a pessoa segura objetos leves, como uma colher ou jornal. Esses tremores podem ocorrer não só nas mãos, mas também nos pés, queixo e cabeça.
A lentidão também é uma das primeiras condições observadas em quem tem Parkinson, poisa pessoa doente começa a demorar mais para desenvolver atividades que antes realizava com rapidez e destreza. Por exempl, escrever, se vestir, tomar banho, entre outras.
Por isso, ao observar sinais como estes, é importante buscar atendimento especializado. A terapia ocupacional domiciliar é uma excelente estratégia de cuidado para pacientes com Parkinson.
Diagnóstico da Doença de Parkinson
Infelizmente não há teste diagnóstico para o Parkinson, nesse caso, a avaliação analisa a história e relatos clínicos do paciente. Por isso, o profissional mais indicado para essa avaliação é um médico neurologista. Exames de imagem, como tomografia e ressonância servem para complementar o diagnóstico, mas não são decisivos para o clínico neurologista.
Quanto antes os sintomas forem investigados e mais cedo a doença de Parkinson for diagnosticada, mais fácil será o tratamento (seja a terapia ocupacional, ou outros tratamentos) e melhor a qualidade de vida do paciente. Portanto, é fundamental estar atento aos primeiros sintomas.
Como funciona a terapia ocupacional no Parkinson?
A terapia ocupacional contribui para o desenvolvimento da autonomia e independência de pacientes com Parkinson. Quando realizada no ambiente domiciliar, auxilia na realização de atividades básicas do dia a dia.
Exercícios físicos
A prática de exercícios físicos regulares contribui para a mobilidade, força e equilíbrio de pacientes com Parkinson. Dessa forma, a terapia ocupacional domiciliar melhora o condicionamento físico e contribui para uma maior independência nas atividades, além de reduzir o risco de quedas e fraturas. O exercício mímico da musculatura facialmelhora as alterações fonoaudiológicas causadas pela doença, auxiliando em aspectos da fala e da mastigação, por exemplo.
No entanto, é preciso acompanhamento e atenção em caso de tonturas e desequilíbrios.
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Estimulação dos sentidos
A terapia ocupacional domiciliar de estimulação sensorial para pacientes com Parkinson é essencial para melhorar o humor, a habilidade física, o desempenho motor e a sensação de pertencimento. As atividades incluem:
- Massagear pés, mãos, costas e outros locais ajudam a ativar a circulação do corpo e melhorar os movimentos;
- Ler em voz alta para o paciente com Parkinson;
- Mostrar gravuras, revistas, fotos e incentivar a conversa sobre o que está sendo mostrado;
- Incentivar a participação em atividades domésticas simples;
- Encorajar a realização de atividades que dão prazer, como costurar, passear e outras.
Terapia com animais
O uso de animais domésticos como terapia ocupacional no Parkinson oferece vários benefícios, desde estímulos sensoriais (táteis, visuais, olfativos e auditivos) até a promoção de autoestima e confiança. Além disso, essa estratégia melhora as habilidades motoras, a concentração e a atenção.
Redução de riscos
Para garantir a segurança de pacientes com Parkinson, facilitar as tarefas diárias e aumentar a qualidade de vida é preciso utilizar estratégias que evitem quedas, lesões e ferimentos. Por exemplo, utilizar piso ou tapetes antiderrapantes, apoio e suporte para vasos sanitários e box de banho, talheres adaptados para facilitar a alimentação, além de roupas e sapatos com velcro e elástico.
Estímulo ao autocuidado
É preciso estimular a independência das pessoas com Parkinson e a terapia ocupacional domiciliar é uma ótima estratégia para isso, uma vez que com o tempo a ajuda de terceiros será indispensável. Portanto, incentivar a independência aumenta o bem-estar, o bom humor e retarda a necessidade de assistência de outras pessoas para atividades simples do dia a dia e de higiene pessoal.
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Considerando que os sintomas se agravam com o tempo, eles reduzem a qualidade de vida e a independência de quem sofre com a doença. Por exemplo, o aumento da intensidade dos tremores impede atividades simples do dia a dia, como escovar os dentes, ou comer sozinho. A evolução para cada paciente é diferente, mas, em geral, é regular e sem mudanças bruscas nas habilidades.
Por fim, é preciso reforçar que seguir as recomendações do médico neurologista ou geriatra contribuem para o sucesso da terapia ocupacional domiciliar para pacientes com Parkinson. Dessa forma, é possível manter a qualidade de vida e o bem-estar.
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1 Comments
Artigo muito importante !
Foi de absurda valia para mim .
Sou professora de francês, dou aula de conversação para idosos ( fluentes no idioma francês ) o que me é muito gratificante !
Tenho dois alunos com diagnóstico de Parkinson. Realmente interagir com estas pessoas têm dodo sucesso .
Parabéns pelas informações , foram complementares para meu trabalho de simples professora de língua estrangeira .