Fazer as malas e embarcar para o destino desejado envolve um grande planejamento. Além de toda a preocupação com bagagens, hospedagens e deslocamentos, é preciso pensar também na possibilidade de determinados imprevistos. Nessas horas, a contratação de um seguro-viagem pode fazer toda a diferença.
Tal recurso oferece ao viajante uma série de serviços e benefícios que disponibilizam suporte diante de situações indesejadas, que podem custar caro e atrapalhar toda a jornada longe de casa. Além disso, ele é obrigatório em alguns destinos. Essas e outras informações estão destacadas nos parágrafos a seguir.
O conceito do seguro-viagem
De acordo com a Susep (Superintendência de Seguros Privados, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda responsável por regulamentar esse tipo de produto no Brasil), um seguro-viagem tem como principal objetivo “garantir aos segurados, durante período de viagem previamente determinado, o pagamento de indenização quando da ocorrência de riscos previstos e cobertos“.
Mas o que isso significa na prática? Imagine, por exemplo, que você está no exterior e passa mal ou sofre um acidente, tendo que dar entrada em um serviço de emergência hospitalar. Por se tratar de um local fora do país, seu plano de saúde provavelmente não poderá prover a cobertura necessária.
Assim sendo, em tese, todos os custos com aquela hospitalização teriam que ser desembolsados por você. E, não raro, esse tipo de conta pode acumular um montante considerável, dependendo da gravidade da situação.
A partir disso, um seguro-viagem busca estimar esse risco e, mediante contratação prévia, disponibilizar a cobertura necessária para fazer frente a esse tipo de situação, sobretudo do ponto de vista financeiro.
Dessa forma, quem contrata o serviço conta com um respaldo importante para evitar prejuízos consideráveis.
Que tipo de proteção esse serviço costuma oferecer
Ainda conforme indica a Susep, os seguros-viagem comercializados pelas seguradoras brasileiras devem, no mínimo, oferecer “coberturas básicas de morte acidental e/ou invalidez permanente total ou parcial por acidente”.
Adicionalmente, serviços de traslado médico (ou seja, o retorno do indivíduo enfermo), traslado fúnebre e de atendimento hospitalar e odontológico costumam ser incluídos nas coberturas mais básicas.
De toda forma, as empresas podem oferecer e acrescentar diferenciais no plano contratado. Entre algumas das possibilidades mais comuns estão:
- Ressarcimento por conta de extravio de bagagem.
- Remarcação e cancelamento de passagens aéreas.
- Diárias para o deslocamento de acompanhantes.
- Assistência jurídica.
- Serviços de telemedicina.
- Auxílio em caso de perda de documentos.
- Suporte para prorrogação de estadia.
As coberturas adicionais podem encarecer o valor do serviço. Seja como for, avalie as suas necessidades (ou mesmo receios e temores) individuais para entender o que vale a pena ou não pagar.
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Quando o seguro-viagem é obrigatório?
Alguns países exigem de visitantes em estadias de negócio e turismo a apresentação de um seguro-viagem, que precisa ser comprovado no momento da imigração.
O exemplo mais conhecido disso, pelo menos por parte dos brasileiros, são os países da Europa que compõem o Espaço Schengen.
Em outubro de 2024, 27 nações estavam entre as que permitem o trânsito livre entre suas fronteiras, mas obrigam os turistas a estarem respaldados por essa proteção do começo ao fim da viagem. Com isso, consulte a informação sobre a obrigatoriedade cuidadosamente antes de fazer as malas.
Ao mesmo tempo, cabe ter em mente que o preço de um seguro-viagem tende a ser relativamente baixo frente às despesas totais para passar um tempo fora do Brasil.
Portanto, o custo-benefício da contratação da cobertura costuma ser bastante favorável, em especial quando se leva em conta a tranquilidade proporcionada pelo suporte disponível.
Seguro-viagem para destinos nacionais
Obviamente, o cidadão brasileiro que viaja dentro dos limites do território do país não tem a exigência de portar um seguro-viagem válido para se deslocar.
Contudo, novamente o eventual custo-benefício desta opção pode torná-la bastante interessante mesmo quando não obrigatória.
Em muitos casos, o plano de saúde do viajante não oferece cobertura no país inteiro, por exemplo. Além disso, os serviços adicionais (como remarcação de passagem ou ressarcimento de extravio de bagagem) podem aliviar bastante o peso de alguns contratempos.
O que observar na hora da contratação
Algumas agências de turismo já incluem nos pacotes oferecidos os custos com a contratação do seguro-viagem. O mesmo vale para alguns cartões de crédito, que oferecem aos titulares proteções do tipo.
Todavia, o próprio passageiro pode optar por fazer esse procedimento por conta própria. Isso permite comparar coberturas, personalizar o serviço de acordo com suas necessidades efetivas e cotar os melhores valores dentro das alternativas oferecidas.
Para isso, é preciso procurar um corretor ou seguradora que comercialize essa forma de proteção. Bancos e instituições financeiras geralmente também oferece, o serviço.
Independentemente da empresa escolhida, antes de fechar negócio observe bem a proposta de apólice (o documento que descreve as coberturas) e em que circunstâncias elas poderão ser acionadas. Só depois assine a contratação.
Por fim, durante a viagem, tenha sempre à mão o número do seguro-viagem e a lista de canais de acionamento da cobertura. Se algo de ruim acontecer, será preciso entrar em contato com a empresa para obter a orientação necessária e usufruir do serviço.
Antes de ir embora, aproveite e saiba como uma reserva financeira também é importante para seu planejamento financeiro.