A prevenção das doenças cardiovasculares é fundamental para uma vida mais saudável e longeva. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, essas condições são a principal causa de morte no mundo.
Isso significa que mais pessoas morrem por conta desse tipo de enfermidade do que por qualquer outro motivo (incluindo as demais doenças e acidentes, por exemplo). Um estudo sobre o tema calculou que em 2022 cerca de 400 mil brasileiros faleceram devido à alterações no coração, nas veias e nas artérias.
Saiba o que influencia no risco de desenvolver uma doença cardiovascular
Ataques cardíacos e acidentes vasculares geralmente aparecem no topo da lista de problemas cardiovasculares.
Eles costumam ser resultados da obstrução das artérias, que impedem o sangue de fluir pelo corpo adequadamente. Isso geralmente se dá pelo acúmulo de gordura na parede das artérias. Em alguns casos, hemorragias e coágulos também podem explicar tal complicação.
No entanto, não existe causa específica para uma doença cardiovascular. Quase sempre elas aparecem como consequência de uma interação de fatores ao longo da vida. Entre aspectos que merecem destaque são:
- Idade (já que quanto mais idade, maior o risco).
- Sedentarismo.
- Histórico familiar.
- Hipertensão arterial.
- Colesterol alto.
- Sobrepeso e obesidade.
- Tabagismo.
- Diabetes (sobretudo quando a doença não é controlada adequadamente).
- Estresse constante.
Cabe sempre ressaltar que muitas doenças cardíacas não apresentam qualquer sinal ou sintoma até que sejam efetivamente sérias e exijam suporte profissional ágil. Nessas horas, alterações como dor no peito e nos braços, sensação de tontura e palidez costumam ser os aspectos que mais chamam a atenção.
Desse modo, investir na prevenção é sempre a melhor opção, em especial por meio do controle de fatores de risco e a mudança de determinados hábitos.
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5 mudanças que contribuem para a prevenção das doenças cardiovasculares
Alguns dos componentes associados a uma chance mais elevada de desenvolver uma doença cardiovascular não podem ser modificados. Esse é caso, da idade e do histórico familiar.
Por outro lado, uma série de alterações no estilo de vida contribuem para um coração mais forte, principalmente se colocadas em prática em conjunto e com constância.
1. Mantenha uma alimentação saudável
Uma alimentação equilibradaestá na base do controle de condições que podem influenciar na probabilidade de ser afetado por uma doença cardiovascular. Exemplo dessas condições são o colesterol e o diabetes, que exigem dietas específicas como parte do acompanhamento necessário.
Seja como for, investir em refeições ricas em alimentos nutritivos e em quantidade adequada é importante para preservar a boa saúde do coração. Inclua sempre no cardápio porções de frutas, de legumes e de verduras, além de cereais, proteínas e laticínios e seus derivados. Tudo isso, em conjunto, fornece os nutrientes de que o organismo precisa.
Ao mesmo tempo, o ideal é sempre evitar alimentos ricos em gordura, sal e açúcar. Claro que eles não são terminantemente proibidos, mas o ideal é deixá-los para ocasiões esporádicas, não fazendo dessas escolhas uma opção frequente.
2. Pratique exercícios físicos regulares
Quanto menos tempo parado, melhor. Logo, caminhar um pouco ou limpar a casa já contam como formas de reduzir o sedentarismo.
No entanto, para ampliar os benefícios da prática regular da atividade física, a Organização Mundial da Saúde orienta que todos os adultos devem acumular entre 150 e 300 minutos de exercícios de intensidade moderada ou intensa por semana.
3. Não fume
As substâncias químicas produzidas pelo cigarro e inaladas têm efeitos negativos sobre o coração e todas as artérias e vasos sanguíneos, além de alterar a pressão arterial. Tais prejuízos podem atingir também quem compartilha um ambiente constantemente com fumantes.
Com isso, o ideal é não começar a fumar. Para quem já é dependente da nicotina (substância que causa o vício no cigarro) a recomendação é parar o quanto antes. Pode ser difícil alcançar esse objetivo, mas é possível recorrer a auxílio especializado para isso.
Os benefícios de deixar o cigarro aparecem nos primeiros minutos após a última tragada e se estendem por toda a vida.
4. Encontre formas de relaxar
O estresse regular faz com que o organismo se mantenha em tensão constante. Por uma série de fatores (como a produção de hormônios como o cortisol e a adrenalina) isso pode ampliar a chance de problemas no coração.
Além disso, não é raro que tais sentimentos ampliem hábitos inadequados, como o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, também envolvidos na possibilidade de ser afetado por doenças cardiovasculares.
Diante disso, saber reconhecer sinais de que o estresse está afetando seu dia a dia e encontrar maneiras de dar vazão a tal desconforto é muito importante. Nessas horas, vale meditar, ler um livro, fazer exercícios de respiração ou o quer que seja capaz de aliviar essa pressão.
5. Mantenha o acompanhamento médico
Mesmo quem não tem nenhuma condição diagnosticada deve manter as visitas regulares ao médico. O profissional pode oferecer orientações personalizadas e identificar precocemente fatores que podem impactar a saúde cardiovascular (como a pressão alta ou o colesterol descompensado).
Além das mudanças de estilo de vida, o médico consegue ainda prescrever medicamentos capazes de controlar vários indicadores e assim reduzir o risco de complicações. No mais, ele pode atuar no diagnóstico de possíveis alterações antes mesmo que elas se manifestem.
Em resumo, não existe solução única para a prevenção de doenças cardiovasculares. Todavia, a combinação de medidas básicas no cotidiano pode ajudar bastante na promoção não apenas da saúde do coração, bem de uma vida mais saudável como um todo.
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