O acompanhamento gestacional é extremamente importante para a mulher durante a gravidez. Isso porque o pré-natal simboliza o papel fundamental da prevenção e até mesmo a identificação, de forma precoce, de possíveis patologias que venham a impedir o desenvolvimento saudável do bebê.
As vantagens do pré-natal são muitas, além de ter papel fundamental na preparação da gestante para a maternidade, abordando informações de cunho educacional que poderão auxiliar a mulher principalmente nos primeiros meses de vida do bebê.
O momento correto de procurar um profissional, para iniciar o pré-natal, é logo ao saber da gravidez, dessa forma, os primeiros exames poderão ser feitos com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento do bebê, além de monitorar também a saúde da mãe.
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que sejam realizadas em torno de oito consultas – uma no primeiro trimestre da gravidez, duas no segundo e por fim, cinco no terceiro – para que o acompanhamento seja realizado, pelo profissional, de forma a garantir a saúde do bebê e da mãe.
O monitoramento das consultas é feito por meio do Cartão da Gestante e é nesse momento que a gestante recebe informações sobre os seus direitos, sugestão de hábitos saudáveis de vida, como alimentação e prática adequada de exercícios físicos, além de receber informações sobre os sinais de risco em cada etapa da gestação.
No pré-natal também é avaliado, para além das questões biológicas, a saúde emocional da mãe, a sua relação com a sociedade e a comunidade à sua volta e a importância do pai nesse processo.
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Origem, dúvidas e objetivos do pré-natal
O início do pré-natal se deu ainda no século XX, época em que a saúde da mulher ainda era um fator preocupante devido às taxas de mortalidade materna e também infantis.
O pré-natal surge então com o objetivo de reduzir essas taxas e proporcionar uma melhor qualidade de vida para a gestante e para o seu bebê. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado de Goiás, a assistência do pré-natal bem estruturada pode também reduzir partos prematuros e cesáreas desnecessárias, de crianças com baixo peso ao nascer, bem como da transmissão vertical de patologias como o HIV, sífilis e as hepatites.
Confira alguns dos principais objetivos do pré-natal:
1. Captação precoce
Quanto antes a gravidez for diagnosticada e a gestante receber os cuidados da equipe perinatal, mais precocemente poderão ser detectados problemas passíveis de controle e até mesmo de cura.
2. Frequência e periodicidade adequadas
É necessário que a gestante receba o atendimento e acompanhamento necessário em oito consultas, no mínimo, durante a gravidez.
3. Extensão de cobertura
É fundamental que a assistência atinja 100% das gestantes de todo o país, para que dessa forma, a taxa de mortalidade caia e a gestante receba, durante e após o período gestacional, apoio, segurança e suporte necessário.
4. Qualidade
Todos os esforços podem ser em vão caso não haja uma prática que garanta tecnologias atuais, apropriadas e precisas que causem impacto positivo na saúde perinatal.
Contudo, para que haja, de fato, um atendimento voltado à promoção da qualidade de vida da gestante, do bebê e também da família, algumas iniciativas são primordiais.
A primeira está diretamente relacionada ao formato em que o atendimento é oferecido, uma vez que para que os objetivos do pré-natal sejam alcançados, é necessário a atuação de uma equipe multiprofissional.
Isso significa contar com a ação de um conjunto de profissionais, como: médicos obstetras e ginecologistas, médicos de família, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, educadores físicos e fisioterapeutas.
Todo esse conjunto de profissionais deverá atuar de forma integrada e não individual, a fim de proporcionar saúde e qualidade de vida para a gestante e o bebê, ocorrendo dessa forma, uma troca de conhecimentos e uma busca compartilhada de soluções para situações de impasse que possam vir a acontecer.
Pré-natal e preparação da mulher para a maternidade
A necessidade de preparar a mulher para a maternidade, tem sido cada vez mais urgente, isso porque a atenção primária à saúde da mulher ainda é um tema bastante debatido e que, constantemente, precisa ser abordado para que melhorias e avanços aconteçam.
Alguns aspectos podem vir à tona durante a gestação e após o parto, como por exemplo, temores como medo da morte, do esvaziamento pós-parto, ansiedade associada a uma vivência negativa do parto em si, tornando assim a gravidez um momento de apreensão em razão de fantasias criadas.
Dessa forma, segundo o Protocolo de Vinculação da Gestante, do Governo do Estado do Espírito Santo, o acolhimento durante o pré-natal pode ser realizado de muitas e diferentes formas, dentre elas, é possível citar a atenção às queixas da gestante, seus medos e anseios, além de procurar direcionar ao esclarecimento e reflexão.
É imprescindível que os profissionais, que acompanham a gestante durante o pré-natal, criem uma espécie de canal de diálogo, uma via de comunicação que respeite os valores culturais e as limitações que envolvem todo o processo que a mulher passa durante a gravidez.
Dentro dessa perspectiva, voltamos a nossa atenção para a gestante trabalhadora, ou seja, que contribui diretamente para a manutenção financeira da família e que divide o seu tempo entre o trabalho, a sua saúde e a do bebê. E é dessa forma que se abre uma nova perspectiva sobre as reais necessidades em saúde por parte da população feminina.
O pré-natal encontra-se, então, no papel de extrema importância, quando o assunto está relacionado à gestação, saúde da mulher e cuidados básicos quanto a sua saúde biológica, emocional e mental.
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