De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no país, quase 60 mil mulheres são atingidas pelo câncer de mama anualmente. A doença é a número um no ranking de causa de morte por câncer no mundo e está entre as mais comuns nesse grupo, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Diante de tamanha gravidade, sempre vale a pena esclarecer dúvidas sobre câncer de mama.
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Exames preventivos de câncer de mama
Com que idade é preciso iniciar os exames preventivos?
Depende. A idade mínima para rastreamento por mamografia é a partir de 40 anos, quando a incidência do câncer de mama aumenta. Porém, existem mulheres mais jovens que descobrem a doença. Por isso, toda investigação deve ser individualizada. Afinal, existem fatores de risco que precisam ser considerados.
Realizar o autoexame todo mês e não sentir nada exclui a necessidade de fazer a mamografia?
Não. O autoexame é importante porque promove o autoconhecimento e permite à mulher reconhecer quando há algo errado com as mamas. No entanto, não é um método eficaz para detectar o câncer de mama e, portanto, não pode ser a única forma de prevenção. Vale lembrar que, quando se encontra algo apalpável nas mamas, é sinal de que o câncer de mama está em estágios avançados.
O ultrassom de mamas é um bom substituto para a mamografia no rastreamento de câncer de mama?
Não. Embora o ultrassom seja muito mais confortável do que a mamografia, de forma isolada, não é um método eficaz para rastreamento de câncer de mama. Apesar de amplamente utilizado, o principal papel do ultrassom é complementar a mamografia, que é ainda o principal exame para a detecção da doença e deve ser feita com a regularidade indicada pelo médico.
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Herança familiar de câncer de mama
Apenas quem tem casos na família pode ter câncer de mama?
Não. Está certo que, em todos os assuntos relacionados à saúde, os antecedentes familiares devem ser considerados, principalmente em parentes de primeiro grau. No entanto, cerca de 90% das pessoas que recebem diagnóstico de câncer de mama não têm nenhum histórico familiar, ou seja, a maioria não tem um componente hereditário que favoreça o desenvolvimento da doença.
Ter filhos diminui a chance de ter câncer de mama?
Sim. A gestação é um dos principais fatores protetores para câncer de mama, principalmente antes dos 30 anos. Isso porque o tecido mamário só atinge a sua diferenciação completa com a gestação, tornando-se, assim, menos suscetível à transformação maligna. Lembrando que a amamentação também é importante fator de proteção contra a doença.
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Diagnóstico e tratamento
O câncer de mama tem cura?
Sim, especialmente quando a doença é diagnosticada no início, o que permite que o tratamento tenha alto potencial curativo. O câncer de mama pode ser tratado através de cirurgia para remoção do tumor e radioterapia ou por tratamentos sistêmicos, como quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. Os avanços vêm ocorrendo e os tratamentos estão se tornando mais eficazes e menos invasivos.
É possível prevenir a doença?
Sim. De acordo com o INCA, é possível reduzir em 30% o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama a partir da adoção de bons hábitos, como a prática de atividades físicas regulares, alimentação saudável, não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas, ter peso corporal adequado e não usar hormônios sintéticos em altas doses. Tudo isso associado aos exames de rastreamento recomendados pelo médico.
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Mito ou verdade sobre câncer de mama
O câncer de mama pode ser causado por uma batida nos seios?
Mito. Nenhuma batida, por maior que seja, é capaz de fazer com que as células malignas se multipliquem de maneira desenfreada. Essa é a verdadeira causa de qualquer tipo de câncer, inclusive o de mama. O que pode acontecer com uma batida é a mulher ter mais atenção aos aspecto da região afetada e, com isso, acabar notando algum sintoma suspeito.
Desodorante pode causar câncer de mama?
Mito. Por um tempo, os sais de alumínio presentes em produtos desse tipo tiveram a fama de vilão. Mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária garante que não existe relação entre a substância e o aparecimento de tumor. O fato de o desodorante ser aplicado no axila, ou seja, em região próxima ao tecido mamário, também reforçou a ideia errada de que isso pode causar câncer de mama. Mas não é verdade!
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