Você sabe o que é trombose? Entenda como esse problema surge e quais riscos ele oferece se não for devidamente tratado.
Mesmo se você não sabe o que é trombose, provavelmente já se deparou com esse termo ou mesmo conhece alguém que tenha sofrido com esse problema de saúde. Sem o devido acompanhamento, ele pode evoluir de forma consideravelmente grave.
Por isso, vale tirar alguns minutos para entender de que forma essa condição afeta a circulação, quais complicações ela pode gerar e o que pode ser feito para prevenir e identificar precocemente qualquer alteração preocupante.
Afinal, o que é trombose e como ela se forma?
De forma resumida, a trombose é resultado da formação de um coágulo em locais onde não houve sangramento anterior. Os chamados trombos (um sinônimo para coágulos) se formam principalmente em veias e artérias, obstruindo a circulação.
Com a progressão do problema, um trombo pode se soltar e bloquear a passagem do sangue em outras partes do organismo. Desse modo, podem surgir quadros graves, como ataques cardíacos, embolias e acidentes vasculares (os derrames).
Para compreender o desenvolvimento da trombose, vale dar um passo atrás e entender melhor o papel da coagulação no organismo. Esse processo é muito importante diante de um ferimento, por exemplo.
Graças a uma série de mecanismos fisiológicos, após um corte, o corpo consegue estancar o sangramento algum tempo depois. Com a formação de um coágulo, a veia atingida pode ser reparada. Depois disso, o sangue volta a circular na área afetada.
No entanto, por uma série de fatores, esse processo pode se dar sem a presença anterior de um sangramento, gerando um coágulo que prejudica a passagem de sangue. Na maioria dos casos, isso se dá nos membros inferiores, mas qualquer veia ou artéria pode ser atingida.
Na prática, as tromboses venosas são as mais comuns. Elas geralmente se formam justamente nas veias dos membros inferiores. Por outro lado, as tromboses arteriais são aquelas que, como o nome indica, se desenvolvem nas artérias, afetando órgãos como o coração.
A trombose provoca algum sintoma?
Muitos casos de trombose se desenvolvem de forma totalmente assintomática. No entanto, com a evolução da doença, o paciente pode notar alterações como:
- Dor e inchaço;
- Vermelhidão na área afetada;
- Rigidez muscular;
- Aumento na temperatura dos membros inferiores;
- Presença de manchas vermelhas, azuis ou arroxeadas na pele.
Se o trombo viaja até outra parte do corpo, o paciente pode apresentar sintomas adicionais. Quando o coágulo atinge os pulmões, por exemplo, é possível que surjam sinais como dores no peito e nas costas e dificuldade para respirar.
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Como esse problema pode ser diagnosticado e quais as formas de tratamento disponíveis?
Seja como for, o diagnóstico de uma trombose depende de uma avaliação clínica detalhada e, eventualmente, da realização de alguns exames capazes de confirmar a presença do trombo na circulação.
A partir da confirmação do quadro, o médico pode orientar o melhor tratamento para reverter a condição. Toda intervenção deve ter como objetivo impedir que o coágulo cresça e se solte em direção a outras partes do corpo. Além disso, devem ser tomadas medidas para impedir que novos trombos surjam.
Para isso, existem medicações que ajudam a dissolver os trombos. Alguns fármacos atuam reduzindo a viscosidade do sangue, diminuindo a probabilidade de que ele coagule. Em alguns casos, o médico responsável pelo acompanhamento pode identificar a necessidade da inserção de filtros em determinadas veias para bloquear o deslocamento do coágulo até áreas críticas, como os pulmões.
Existem ainda algumas técnicas específicas que permitem a desobstrução da circulação por meio de processos mecânicos ou químicos. Todas as alternativas, claro, dependem da avaliação adequada do profissional e nem sempre estão disponíveis (inclusive quando se leva em conta a cobertura dos planos de saúde).
No mais, o paciente pode ser orientado a manter repouso ou ainda a usar meias de compressão, que ajudam a estimular a circulação sanguínea e a reduzir o inchaço característico da trombose.
É possível reduzir a chance de desenvolver uma trombose ao longo da vida?
Como o tratamento adequado, são boas as chances de reverter a trombose e impedir novos coágulos. Por outro lado, vale sempre ter em mente que uma série de cuidados podem ser importantes medidas preventivas para esse tipo de problema.
Para isso, é preciso conhecer que fatores de risco estão associados a uma maior chance de sofrer uma trombose. Entre eles estão a idade, longos períodos de internação hospitalar, obesidade, tabagismo, uso prolongado de determinados tipos de medicação e histórico familiar.
Assim sendo, reforçar os pilares essenciais do cuidado com a saúde praticando exercícios regularmente, mantendo uma dieta equilibrada e deixando de fumar são as medidas preventivas básicas.
Além disso, vale a pena discutir com seu médico o seu risco de sofrer com o problema e seguir as orientações das equipes de saúde durante eventuais períodos de internação. Esses profissionais podem orientá-lo sobre a melhor forma de reduzir o prejuízo sobre a circulação, sobretudo das pernas (meias de compressão e alguns exercícios podem ser úteis, por exemplo).
Com tudo isso, saber o que é trombose também pode auxiliar na busca por ajuda imediata diante de qualquer suspeita do problema. Isso permite que o cuidado necessário para reverter a condição seja fornecido de forma mais ágil, reduzindo a chance das complicações associadas a esse problema, que pode levar a óbito e/ou causar sequelas significativas.
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