Como o gerenciamento do estresse pode ajudar na promoção do bem-estar, reduzindo as consequências negativas da tensão constante?
Pelos mais inúmeros motivos, todos nós estamos sujeitos a situações que podem gerar sentimentos e emoções ruins. De todo modo, ao mesmo tempo que precisamos compreender que em certa medida isso é parte da vida, é preciso ficar atento à necessidade de implementar medidas que permitam um gerenciamento do estresse de maneira apropriada.
Sem isso, o acúmulo constante de tensões pode trazer repercussões para a saúde como um todo, no curto, no médio e no longo prazos. Assim sendo, é importante avaliar quando o estresse começa a atrapalhar o bem-estar e o que pode ser feito para minimizar as diversas consequências negativas possíveis.
Afinal, o que define uma situação de estresse?
De forma resumida, o estresse é uma resposta do organismo quando há a percepção de perigo iminente. Pense, por exemplo, numa manobra perigosa no trânsito ou no recebimento de uma notícia indesejada. A partir disso, o corpo dispara uma série de reações justamente para fazer frente a tal adversidade.
Entre outros processos fisiológicos, o estresse desencadeia a liberação de hormônios como o cortisol e a adrenalina. Esses dois componentes estão envolvidos na elevação do batimento cardíaco, na contração dos músculos e no uso das reservas de energia disponíveis para encarar a suposta ameaça.
De toda forma, nem toda situação de estresse é igual. Muitos dos episódios de tensão são agudos, manifestando-se de forma pontual e se encerrando assim que a percepção de perigo vai embora. Ainda assim, eles podem se repetir continuamente, principalmente quando o indivíduo convive em um ambiente propício a isso.
Uma pessoa também pode conviver em um quadro de estresse crônico, por uma série de fatores. Nesses casos, não costumam haver picos agudos de tensão, mas o estado de alerta é contínuo, com inúmeros impactos para a qualidade de vida. Entre os sinais que devem chamar a atenção diante de episódios de estresse constante são:
- Dificuldade de manter um estado de relaxamento natural;
- Prejuízos para a concentração;
- Ansiedade e irritabilidade;
- Dores de cabeça (incluindo enxaquecas);
- Dores de estômago ou ainda em outras partes do corpo;
- Problemas para dormir;
- Apetite alterado (comendo menos ou mais do que o normal);
- Abuso de álcool, tabaco e drogas ilícitas.
Vale ressaltar que nem todo mundo responde da mesma forma a situações de estresse. Logo, alguém pode sentir de maneira diferente o desconforto associado ao nervosismo.
Como o estresse pode afetar o bem-estar?
Com tudo isso, estar exposto frequentemente a situações estressantes traz prejuízos para a saúde do corpo e da mente, a partir de diferentes processos.
A presença de altos níveis de cortisol decorrentes da ansiedade constante podem provocar desde uma sensação permanente de fadiga até o aumento de peso, passando pela queda das defesas naturais do organismo responsáveis por combater invasores. Já o fluxo incessante de adrenalina pode elevar a pressão arterial, causando danos às artérias e ampliando as chances de ocorrências de infartos e acidentes vasculares.
Do ponto de vista psicológico, os mecanismos associados às respostas diante de situações de estresse podem estar por trás de uma série de condições psiquiátricas, como quadros de ansiedade e de depressão. Em muitos casos, elas são consequência uma mente sempre esperando pelo pior. Ao mesmo tempo, quem já sofre com problemas do tipo pode sentir os sintomas agravados quando exposto constantemente a situações estressantes.
Ou seja, tudo depende do contexto em que a pessoa está inserida: situações naturalmente estressantes podem levar a ações e pensamentos que pouco a pouco podem gerar várias alterações na saúde e no comportamento. Alguém que não sabe como vai pagar as contas pode ficar pensando naquilo o tempo todo e ter dificuldades para dormir, por exemplo.
Por isso, ainda que muitas vezes não seja factível eliminar a situação que causa a reação, é importante pensar em estratégias para garantir o gerenciamento do estresse. Assim, é possível minimizar esse desconforto da melhor forma, até que as coisas melhorem.
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Quais as melhores estratégias de gerenciamento de estresse?
Do mesmo modo que o estresse e suas consequências combinam vários aspectos, manejar esse tipo de situação depende de uma série de cuidados no dia a dia. Se transformados em hábitos, tais alterações no estilo de vida contribuirão para o bem-estar. Assim, concentre esforços para:
- Praticar exercícios regularmente, o que além de servir como uma válvula de escape para a tensão, previne o adoecimento físico e mental;
- Manter uma dieta equilibrada, privilegiando alimentos capazes de fornecer as vitaminas e nutrientes necessários para o organismo;
- Priorizar o sono de qualidade, dormindo entre sete e nove horas por noite;
- Reduzir o consumo de cafeína, de álcool e de tabaco;
- Fortalecer laços sociais sólidos e saudáveis;
- Encontrar espaços na rotina para relaxar;
- Controlar fatores que podem ampliar a ansiedade e a sensação de alerta constante (como as redes sociais e as notificações do celular);
- Procurar atividades que proporcionem prazer.
Seja como for, nem sempre essas medidas de gerenciamento de estresse serão suficientes para apaziguar sentimentos ruins e suas consequências. Com isso, em muitos casos, a ajuda profissional pode ser essencial, principalmente quando for difícil lidar com todo esse peso por conta própria. Nesse contexto, além dos demais cuidados com a saúde, psiquiátricos e psicólogos podem fornecer o suporte necessário.
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