O vitiligo é uma doença autoimune e provoca, na pele, as conhecidas manchas ou placas brancas. Elas, por sua vez, se dão devido a diminuição considerável e até mesmo a ausência de melanócitos – células responsáveis pela produção de melanina.
Mesmo sendo de conhecimento geral que o vitiligo não é transmissível, ainda existem muitos estigmas ao redor da temática. Isso desencadeia uma baixa autoestima naqueles que possuem e doença, além de ansiedade e outros componentes emocionais que podem levar a depressão.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o vitiligo acomete, no Brasil, 0,5% da população manifesta essa condição, o que representa mais de um milhão de brasileiros. Dia 25 de junho é considerado o Dia Mundial do Vitiligo e a data tem o objetivo de elucidar e tornar o assunto cada vez mais disseminado na sociedade.
Vitiligo: Causas e Tratamentos
As causas que levam ao vitiligo ainda são desconhecidas, porém já se sabe que fatores emocionais podem sim desencadear ou agravar essa doença autoimune.
É unânime entre as pessoas com vitiligo, a não sinalização de qualquer outro tipo de manifestação de sintomas, além dos já conhecidos: aparecimento repentino de manchas na pele. Levando em consideração uma pequena parcela de pacientes que reportam ao médico dermatologista, um tipo de sensibilidade e até mesmo dor nas áreas afetadas.
Não há cura para a doença, porém é possível que algumas pessoas repigmentam totalmente a pele se mantendo estáveis por longo prazo.
Assim que o vitiligo é detectado pelo dermatologista, é possível classificá-lo em até dois tipos, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia:
- Segmentar ou Unilateral: Esse tipo de vitiligo se manifesta geralmente em pacientes mais jovens, manifestando-se apenas em algumas áreas do corpo, podendo pelos e cabelos também perderem a coloração.
- Não segmentar ou Bilateral: Esses representam o tipo de vitiligo mais comum. São facilmente detectados uma vez que manifestam-se nos dois lados do corpo, por exemplo: duas mãos, dois pés, ou dois joelhos. A descoloração pode variar de intensidade de acordo com a época, apresentando até mesmo períodos de estagnação.
Os tratamentos atuais contam com resultados incríveis. Por ser uma doença que não tem cura, infelizmente muitas pessoas não acreditam na eficácia dos tratamentos disponíveis com opções terapêuticas.
O objetivo do tratamento é estagnar as lesões, ou seja, acabar com o avanço delas no corpo, além de incentivar a repigmentação da pele. Hoje em dia é possível contar com medicações que induzam essa repigmentação.
Pouco conhecida, mas com resultados excelentes, a fototerapia com radiação ultravioleta B banda estreita (UVB-nb), é super indicada para quase todas as formas de vitiligo. Também existem medicações que seguem em fases de teste.
Os resultados dos tratamentos podem ser observados de maneira individual, assim como a sua indicação de tratamento.
A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, também sinaliza formas de tratamentos alternativos para casos onde existam poucas manchas, como por exemplo a técnica de microenxertos. Essa técnica é realizada por meio de um enxerto de uma pele normal, ou seja, com melanócitos ativos.
Há também a possibilidade de realizar o enxerto com a própria pele do paciente, realizando a retirada de um local onde a pigmentação está sem alteração, fazendo o cultivo de melanócitos.
Os fatores de risco do vitiligo precisam ser entendidos. Confira agora alguns deles:
1. Histórico Familiar;
2. Estresse;
3. Exposição a toxinas em excesso;
4. Lesões graves.
O diagnóstico
É necessário que seja realizado um exame clínico do paciente, somente dessa forma o vitiligo é diagnosticado. Dessa forma, o dermatologista é capaz de detectar as manchas por meio de um exame físico, porém devem ser realizados também exames complementares como coleta de sangue e a biópsia de uma das regiões atingidas.
Em pessoas que já possuem a pele naturalmente branca, é utilizado um aparelho – Lâmpada de Wood – que é capaz de localizar lesões.
Para conhecer mais sobre o vitiligo, é ideal que seja feito uma leitura sobre o assunto, além de conversar com outras pessoas e com o seu dermatologista.
Buscar sempre informações em fontes confiáveis faz toda a diferença.
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1 Comments
Tenho vitiligo há 22 anos , fiz todo tipo tratamento não dando resultado , em 2006 fiz um mapeamento celular e descobri que já estava com 90% com vitiligo, vitiligo universal onde n há mais como reverter . Não são manchas e sim uma despigmentação pela falta de produção pelas células T. Fiquei toda branca sem nenhum vestígio da cor q tinha morena , no começo foi mto difícil, mas fui acompanhada por terapia , a nossa cabeça comanda nosso corpo. Vida que segue e feliz.