Você sabia que há mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo vivendo com HIV? Felizmente, a infecção pelo vírus é hoje muito menor do que há algumas décadas, mas ainda é um reflexo da falta de educação sexual e o cenário de discriminação. Por isso, trata-se de um assunto importante ainda hoje.
Com o objetivo de alertar para a prevenção, a proteção e a defesa dos direitos humanos das pessoas infectadas, foi criado o Dezembro Vermelho, um mês que promove ações relacionadas ao HIV e à AIDS.
O último mês do ano foi escolhido pois já começa com o Dia Mundial contra a AIDS, celebrado em 1º de dezembro. A data reúne diversas atividades e mobilizações por todo o país, com o objetivo de conscientizar instituições e cidadãos sobre a importância da prevenção e do cuidado em relação ao vírus.
Entenda a diferença entre HIV e AIDS
HIV é a sigla em inglês que denomina o vírus da imunodeficiência humana. Responsável por reduzir a imunidade do corpo, ele ataca células do sistema de defesa e deixa o organismo vulnerável a outras doenças, como o câncer. Uma vez que há contato com o vírus, uma pessoa que não se trata pode vir a desenvolver a AIDS, que por sua vez é a síndrome da imunodeficiência adquirida. A doença pode levar a infecções e a problemas maiores relacionados à falência do sistema de defesa do corpo, afetando a saúde do paciente como um todo.
Uma pessoa que contrai o HIV, porém, não necessariamente tem AIDS. Hoje, existem remédios acessíveis que impedem o desenvolvimento da doença, fazendo com que pacientes com HIV possam ser tratados e tenham uma vida completamente normal. O medicamento é chamado de antirretroviral e impede que o vírus se multiplique e seja transmitido, mantendo a saúde do sistema imunológico, que é capaz de controlá-lo e até eliminá-lo. Com a ajuda do remédio, pessoas com HIV têm a mesma expectativa de vida de pessoas que não possuem o vírus.
Prevenção e tratamento
A transmissão do HIV acontece a partir de relação sexual desprotegida, infecção por agulhas e objetos cortantes e por transmissão direta da mãe para o bebê na gestação, no parto ou na amamentação. Sua prevenção é feita pelo uso de camisinha e cuidados em procedimentos que envolvam seringas ou objetos semelhantes.
Outra forma importante de prevenção é o tratamento de pessoas infectadas, hoje feito no Brasil de forma gratuita pelo SUS. A partir dos medicamentos antirretrovirais, pessoas com HIV que seguem o uso regular e correto podem reduzir de forma significativa a quantidade de vírus circulante no corpo, tornando a transmissão quase impossível, tanto em relações sexuais quanto de mãe para filho.
Leia mais no portal do Ministério da Saúde.
Alguns dados sobre HIV e AIDS, de acordo com o UNAIDS Brasil
- Das cerca de 40 milhões de pessoas vivendo com HIV no mundo, em 2017, 1,8 milhão eram crianças menores de 15 anos
- Somente na América Latina, eram 1,8 milhão de pessoas vivendo com o vírus no mesmo ano
- De 2010 para 2017, aproximadamente 8 milhões de pessoas passaram a ter acesso à terapia antirretroviral
- Houve uma queda de 16% no número de novas infecções por HIV em adultos entre 2010 e 2017 (de 1,9 milhão para 1,6 milhão)
- As mortes relacionadas à AIDS tiveram uma redução ainda maior: foram 51% a menos em 2017, em relação a 2004, quando o índice teve seu pico
- No mundo, cerca de 7 mil mulheres jovens entre 15 e 24 anos são infectadas pelo HIV toda semana
- Em algumas regiões do mundo, mulheres que sofrem violência são 1,5 vez mais suscetíveis a se infectarem pelo HIV