A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que, até os seis meses de vida, os bebês sejam amamentados exclusivamente com leite materno – e este deve permanecer como alimento das crianças até dois anos de idade.
Segundo dados das Nações Unidas, mais de 60% das crianças deixam de receber o leite da mãe antes do tempo indicado. Isso amplia a ocorrência de doenças como a diabetes e a asma, além de impedir o pleno desenvolvimento da capacidade cognitiva do bebê. Isso sem contar no vínculo afetivo que o ato de amamentar é capaz de criar entre a mãe e a criança, criando momentos únicos que definem laços.
Benefícios da amamentação
A Semana Mundial da Amamentação foi criada em 1948 pela OMS, com o objetivo principal de reduzir a mortalidade infantil e de proteger o desenvolvimento das crianças em todo o mundo. A campanha, que este ano tem como tema “Amamentação é a base da vida”, ocorre em 120 países e busca mostrar os benefícios que só o leite materno pode oferecer para os bebês.
Além da interação entre mãe e bebê, o aleitamento materno fornece para a criança outros benefícios únicos e insubstituíveis, que interferem em sua saúde para o resto da vida. Os nutrientes presentes no leite da mãe alimentam e levam consigo anticorpos fundamentais para o desenvolvimento do recém-nascido, prevenindo doenças e alergias.
Os efeitos chegam também à vida adulta: crianças amamentadas tendem a ter menos risco de obesidade e diabetes no futuro, além de manterem a pressão arterial mais equilibrada. Junto a isso, as mães que amamentam também ficam mais protegidas contra o câncer de mama e o câncer de ovários.
Com uma semana dedicada somente a ela, a amamentação tem sua importância reforçada a cada ano no desenvolvimento das crianças. E não são só esses os benefícios do aleitamento materno. Separamos abaixo alguns fatores curiosos sobre o tema, que vão comprovar ainda mais a relevância do ato de amamentar para mães e bebês.
3 curiosidades sobre amamentação que talvez você não saiba:
1 – O leite se adapta às doenças do bebê
A composição do leite materno sofre variações de acordo com as necessidades do bebê. Estudos mostram que existem diferenças no leite inclusive para crianças do sexo feminino ou masculino, com quantidades de nutrientes e gorduras que se adequam às demandas do corpo do bebê. No momento da amamentação, os componentes da saliva do bebê ajudam o corpo da mãe a estimular a produção dos anticorpos necessários para curar alguma doença. É como se o sistema imunológico da mãe respondesse à saúde do filho, liberando no leite os nutrientes que o bebê precisa para ficar saudável.
2 – O leite sofre mudanças ao longo do dia
Durante todo o período em que estão amamentando, as mães precisam se atentar à sua própria qualidade de vida, pois tudo o que fazem pode afetar diretamente o leite, que servirá de alimento para seu bebê. A rotina adotada também pode interferir. O leite dado à noite, por exemplo, contém substâncias que contribuem para a qualidade do sono do bebê, enquanto o da manhã fornece mais recursos para dar energia para o dia.
3 – A amamentação começa antes mesmo do parto
Desde o início da gestação, o bebê retira do corpo da mãe tudo o que é necessário para que ele se desenvolva. Assim, os nutrientes que antes eram passados pelo cordão umbilical e pela própria estrutura do útero passam a ser transmitidos pelo leite, que já começa a ser produzido desde o segundo mês de gravidez.
Uma relação de nove meses de trocas e proteção não deve ser interrompida completamente após o parto. A amamentação é a conexão que permanece entre mãe e bebê, tanto afetiva quanto de nutrientes e vitaminas. Por isso a importância de manter o aleitamento por pelo menos seis meses: o desenvolvimento e a saúde da criança dependem diretamente dele.
Acompanhe o calendário da OMS pelo site da Organização, para saber as datas mais importantes do universo da saúde. E se quiser saber mais informações e curiosidades sobre o assunto, é só seguir os posts do blog da Sciath.