Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação massiva da população. No entanto, estar atento ao Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde e manter a imunização atualizada é a melhor forma de manter esse cenário positivo. A seguir, veja a importância das vacinas para o organismo.
Veja mais: Por que é tão importante se vacinar contra o sarampo?
A importância das vacinas para a imunidade
Quando uma pessoa é infectada pela primeira vez por um antígeno (substância estranha ao organismo), o sistema imunológico produz anticorpos (proteínas que atuam como defensoras) para combater aquele invasor.
Os especialistas da Sociedade Brasileira de Imunizações explicam que o problema é que essa produção de anticorpos nem sempre acontece em tempo hábil para prevenir a doença. Afinal, o sistema imunológico não conhece aquele invasor. Então, a pessoa fica doente.
Se esse mesmo antígeno invadir o organismo novamente, a produção das defesas será efetiva, evitando que a pessoa fique doente uma segunda vez pelo mesmo motivo. O nome dessa proteção é imunidade.
A vacinação entra nesse processo porque, usando os mesmos antígenos que causam doenças (só que mortos ou enfraquecidos), a vacina ensina e estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos que levam à imunidade. Daí a importância das vacinas para reforçar as nossas defesas.
Veja mais: Entenda como hábitos de rotina fazem a diferença na prevenção do câncer
Deixar de se vacinar é ruim para todo mundo
Só para ter ideia da importância das vacinas, a Organização Mundial da Saúde estima que de 2 a 3 milhões de mortes a cada ano sejam evitadas no mundo inteiro por conta da imunização. Ainda assim, muita gente tem deixado de se vacinar.
De acordo com o Ministério da Saúde, a não-vacinação em massa pode provocar a morte e o sofrimento de milhões de pessoas. Afinal, um único indivíduo que decide não se vacinar pode colocar em risco a sua comunidade, abrindo as portas para doenças. Isso significa que essa não é uma decisão sem consequências.
A questão é ainda mais complicada quando envolve a vacinação infantil. Os pais que resolvem não levar uma criança para se vacinar estão tirando dela chance de se proteger e, de quebra, colocam a saúde de outras crianças em risco. Então, é algo que deve ser arduamente combatido.
Pensando nisso, o Ministério da Saúde não só reforça a importância das vacinas como combate os movimentos contrários à imunização esclarecendo dúvidas e desmentindo boatos. Confira algumas mentiras e verdades sobre o assunto.
Veja mais: Atividade física tem papel importante no cuidado com a saúde mental: entenda
7 mitos desmentidos: não se deixe enganar!
Os boatos a seguir foram comentados pelos especialistas do Ministério da Saúde. Se você identificar outras controvérsias envolvendo a importância das vacinas, procure se informar sempre nos órgãos oficiais e não use as redes sociais para compartilhar informações que possam trazer prejuízos irreversíveis à saúde de todos.
1. Mito: vacinas causam autismo
Verdade: um estudo apresentado em 1998, que levantou preocupações sobre uma possível relação entre vacinação e o autismo, foi posteriormente considerado seriamente falho e o artigo foi retirado pela revista que o publicou.
2. Mito: uma melhor higiene basta para fazer doenças desaparecerem
Verdade: muitas infecções podem se espalhar, independentemente de quão limpo um ambiente ou uma pessoa está. As doenças que podem ser prevenidas por vacinas retornarão, caso os programas de imunização sejam interrompidos.
3. Mito: vacinas têm vários efeitos colaterais e podem ser fatais
Verdade: as vacinas são muito seguras. A maioria das reações é geralmente pequena e temporária, como um braço dolorido ou uma febre ligeira. É muito mais provável que uma pessoa adoeça gravemente (e morra) por uma enfermidade que poderia ser evitada pela vacina do que pela própria vacina.
4. Mito: vacinas causam a síndrome da morte súbita infantil (SMSI)
Verdade: não há relação causal entre vacinas e a SMSI. No entanto, algumas delas são administradas em um momento em que os bebês correm mais risco de sofrer com a síndrome. Portanto, as mortes por SMSI são coincidentes à vacinação. Só isso.
5. Mito: não preciso me vacinar contra doenças erradicadas em meu país
Verdade: embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam continuam a circular em algumas partes do mundo. Assim, a vacinação é indispensável!
6. Mito: aplicar mais de uma vacina ao mesmo tempo é arriscado
Verdade: evidências científicas mostram que isso não causa aumento de eventos adversos sobre o sistema imunológico. Aplicar várias vacinas ao mesmo tempo significa menos injeções (fato importante em se tratando das crianças) e menos visitas ao posto de saúde.
7. Mito: as vacinas contêm mercúrio, que é perigoso
Verdade: não existe evidência que sugira que a quantidade do composto orgânico que contém mercúrio (e é adicionado a algumas vacinas como conservante) represente um risco para a saúde.
É importante saber, ainda, que toda vacina licenciada para uso passou antes por diversas avaliações que garantem sua segurança.
No Brasil, isso é feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão vinculado ao Ministério da Saúde que segue padrões muito rígidos de qualidade e acompanha os possíveis eventos de qualquer vacina mesmo depois de licenciada. Portanto, a vacinação é segura e deve ser incentivada.
Quer mais dicas de saúde? Veja mais posts no nosso blog!