Você já deve ter ouvido falar sobre como a busca para perder peso por meio de dietas restritivas, sem o devido acompanhamento profissional, pode trazer uma série de consequências para nossa saúde física. Mas você sabia que a alimentação e as dietas restritivas também podem afetar a saúde mental?
Comumente divulgadas em sites e redes sociais, as dietas restritivas também são conhecidas como dietas da moda, uma vez que de tempos em tempos algumas delas costumam ganhar mais destaque na mídia, sendo propagadas principalmente por famosos e influenciadores digitais.
Apesar de poderem ser encontradas de variadas formas, as dietas restritivas não costumam ter embasamento científico e têm como principal característica a restrição de algum macronutriente essencial para o bom funcionamento do nosso organismo.
Outra característica das dietas restritivas, é a promessa de resultados expressivos em pouco tempo.
Segundo o Guia Alimentar para População Brasileira, uma alimentação saudável deve priorizar a variedade e o equilíbrio dos nutrientes, assim como o contexto de cada indivíduo.
Conduto, as dietas restritivas têm como foco apenas o número de calorias e a ingestão de nutrientes, sem levar em conta a individualidade e as necessidades de cada pessoa.
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Conheça as consequências das dietas restritivas para saúde mental
Algumas das dietas restritivas limitam o consumo de glúten, como a dieta celíaca, já outras o carboidrato, a exemplo das dietas low carb, Dukan e cetogênica.
No entanto, segundo o Ministério da Saúde, ao restringir um grupo alimentar, a longo prazo, essas dietas podem levar a deficiência de nutrientes, vitaminas e minerais essenciais para o organismo humano e consequentemente prejuízos para a saúde.
Confira as possíveis consequências das dietas restritivas.
- Sobrecarga dos rins;
- Hiperglicemia;
- Diminuição da frequência cardíaca e pressão arterial;
- Dificuldade respiratória;
- Pele seca;
- Flacidez;
- Fraqueza das unhas e cabelos.
Outros efeitos são relativos à perda de concentração, nervosismo, tontura, cansaço e falta de energia.
A restrição alimentar pode levar ainda ao ganho de peso novamente, uma vez que está associada à compulsão alimentar.
Isso ocorre por causa do chamado efeito rebote, em que a pessoa não consegue manter o controle da dieta por muito tempo e na sequência acaba por consumir uma grande quantidade de alimentos.
Vários fatores podem ter influência na compulsão, seja o aumento da ansiedade pela restrição contínua, seja a privação de alimentos que liberam endorfinas, os hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar e prazer.
Outro fator preponderante é que a alimentação está diretamente ligada às nossas emoções, assim muitas vezes não conseguimos distinguir a fome real de sentimentos como tristeza, cansaço ou ansiedade.
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A importância do acompanhamento profissional ao adotar uma dieta
Pesquisa realizada pelo Governo Federal – Vigitel 2021 – mapeia dados de saúde da população e foi constatado que infelizmente mais da metade dos brasileiros atualmente está com sobrepeso.
A taxa de brasileiros acima do peso em 2021 foi de 57,25%, antes da pandemia era de 55,4%.
Esses números certamente terminam por ter relação com o grande número de adesão das dietas restritivas.
Contudo, sempre vale destacar que para perder peso com saúde e de forma permanente é preciso mudar hábitos e comportamentos.
Para isso, devemos adquirir novos hábitos saudáveis, tanto relacionados a uma alimentação balanceada, como a prática rotineira de atividades físicas.
O acompanhamento profissional qualificado pode ser de grande importância nesse processo.
Seja de um nutricionista para elaboração de um plano alimentar voltado para suas necessidades específicas, ou mesmo de um psicólogo para auxiliar a identificar antigos padrões de comportamento e mudar pensamentos relacionados à alimentação.
Encontrar o equilíbrio e a constância dos novos hábitos certamente ajudarão a alcançar seus objetivos estéticos e garantirão muito mais saúde.
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