Você sabia que câncer é o nome dado para mais de 100 tipos de doenças? Todas têm em comum a divisão desordenada de células malignas, mas suas características e efeitos são de acordo com sua fase, região e capacidade de multiplicação. As variações são muitas e acompanham as diferenças de cada célula do nosso corpo. Por isso, existem diversos estudos sobre o câncer, que analisam e buscam encontrar formas de reduzir os efeitos da doença em todas as suas formas.
Cada vez mais profissionais e instituições investem em pesquisas que possam ajudar no combate ao câncer. As novidades continuam surgindo, contribuindo para que novos tratamentos e remédios sejam aplicados a cada ano, ampliando as perspectivas para quem possui a doença. Hoje, as chances de cura podem chegar a 90%, se o câncer for detectado logo no início.
Veja a seguir algumas das novidades e tendências dos últimos anos na área de estudos sobre o câncer:
Imunoterapia e a capacidade do próprio corpo
Considerada pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) como uma das mais promissoras novidades na área, a imunoterapia vem sendo estudada há anos para o tratamento contra o câncer. Sua principal atuação está em ajudar a defesa do corpo a encontrar e destruir por si só as células cancerígenas, ao invés de atacar diretamente o câncer. A partir dos novos estudos relacionados aos remédios imunoterápicos, vem sendo descobertas diferentes aplicações e tratamentos derivados da terapia, que podem ser importantes para os pacientes que têm câncer de cabeça e pescoço, bexiga e pulmão, entre outros.
Medicamentos mais efetivos e com menos efeitos colaterais
As características individuais de cada paciente são determinantes para o tipo e a efetividade do tratamento contra o câncer. Existem diversos métodos para ajudar no combate aos tumores, mas muitos deles não podem ser aplicados em qualquer pessoa. É nesse ponto que a evolução dos medicamentos tem contribuído: encontrar novas formas de impedir a multiplicação de células malignas pelo corpo de acordo com os desafios e as individualidades dos pacientes.
Um remédio aprovado pela Anvisa este ano para uso no Brasil, por exemplo, atua em pacientes com câncer de próstata que já passaram pela radioterapia, hormonioterapia e cirurgia e, mesmo assim, voltou a apresentar a doença. Outra novidade no país é o palbociclibe, um medicamento voltado para casos avançados de câncer de mama, no estágio em que a região já está dominada pelas células ou em que a doença começa a se espalhar para outros órgãos. Os dois remédios devem passar a ser utilizados no Brasil em breve e têm efetividade comprovada por pesquisas internacionais, preenchendo lacunas de tratamentos que até então não existiam por aqui.
Tecnologia e inovação na oncologia
Identificar as particularidades da doença e aplicar tratamentos efetivos de acordo com as individualidades do paciente é um dos fatores fundamentais para o combate ao câncer. Outra etapa determinante é o diagnóstico da doença, que permite mais chances de cura se for feito logo no início. Para ajudar em processos como esse, a tecnologia tem sido uma aliada dos tratamentos oncológicos. Avanços nos equipamentos cirúrgicos permitem que o processo seja menos invasivo e mais pontual, garantindo a preservação dos órgãos e diminuindo o tempo de recuperação.
Em países como os Estados Unidos, por exemplo, hoje a maior parte dos tumores de próstata são operados com o auxílio da robótica. Já na área de radioterapia, máquinas de alta precisão atuam especificamente sobre o tumor, reduzindo efeitos negativos que normalmente afetariam o restante do corpo. Ao mesmo tempo, a tecnologia se aproxima cada vez mais da rotina dos próprios pacientes: aplicativos de celular têm ajudado no monitoramento dos sintomas durante o tratamento, facilitando os cuidados diários e o controle dos médicos.
O aumento da expectativa de vida da população amplia as possibilidades de incidência dos diversos tipos de câncer. Ao mesmo tempo, porém, os estudos na área avançam e criam, a cada dia, novas expectativas e chances de cura. Junto às pesquisas e às novas tecnologia, o cuidado com a saúde e o bem-estar também são medidas importantes no combate e na prevenção da doença.