20, na verdade!
Ser o herói ou a heroína de mais de vinte pessoas depende só de um detalhe: conversar com a sua família. 27 de setembro é o Dia Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos. No Brasil, o ato ainda tem taxas muito baixas, com apenas um doador notificado a cada oito potenciais.
A data tem o objetivo mostrar como é fácil ser um doador e os benefícios que isso traz para toda a sociedade.
A doação de órgãos e tecidos pode acontecer depois de constatada a morte encefálica, ou seja, quando não há mais possibilidade de retomada das funções cerebrais. Órgãos como coração, pâncreas, fígado e pulmão podem ser transplantados para outras pessoas e salvar mais de 20 vidas. Para contribuir com a redução da fila de transplantes, distribuir saúde e se tornar o herói ou a heroína de dezenas de pessoas, basta comunicar à sua família que você é doador de órgãos: no Brasil, somente os parentes podem autorizar a doação, e muitas vezes eles têm receio e dúvida, o que acaba levando à negação.
São aproximadamente 33 mil pessoas aguardando transplante no país, de acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
Você sabia?
- A doação de órgãos é vista de forma positiva por todas as religiões e, após a morte encefálica, é feita por meio de uma cirurgia comum, que não compromete os rituais de velório do corpo.
- Para receber um órgão ou tecido doado, o paciente precisa ter algumas compatibilidades com o doador, o que restringe as possibilidades para quem precisa de um transplante e aumenta ainda mais a necessidade de doadores disponíveis.
- A doação de órgãos também pode ser feita em vida. Familiares compatíveis podem doar medula óssea, fígado, rim e pulmão, desde que haja compatibilidade e que o transplante não comprometa as aptidões vitais do doador.
- Sempre que ocorre uma doação, um sistema informatizado consegue identificar, na lista de espera, receptores compatíveis dentro do estado em que ela foi feita. Se não houver nenhum paciente ou se o estado não tiver estrutura para realizar a modalidade, o órgão é disponibilizado para uma rede nacional, que considera a lista de pacientes aguardando transplante em todo o país e direciona o órgão para dar continuidade a mais uma vida.
Sciath
Setembro de 2018