As doenças cardiovasculares, de fato, são a principal causa de óbitos no mundo atualmente. Estima-se que uma em cada três mortes entre adultos hoje ocorram em decorrência de problemas cardíacos.
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) declara que 17,9 milhões de pessoas morreram por problemas no coração em 2016 (dados mais atuais). Para que se tenha uma ideia da gravidade das doenças cardiovasculares, desde o início da pandemia do novo coronavírus, 4,18 milhões de pessoas morreram por Covid-19 no mundo*.
Diante disso, os exames preventivos e regulares são cada vez mais importantes para detectar precocemente ou até mesmo evitar essas comorbidades.
Nesse sentido, vale destacar que as doenças do coração, em sua maior parte, podem ser prevenidas por meio da abordagem de fatores comportamentais de risco, como o uso de tabaco, má alimentação, obesidade, assim como a falta de atividade física e o uso exagerado do álcool.
E você sabe quais são os principais sintomas das doenças cardiovasculares?
O problema é que, muitas vezes, não há sintomas, ou seja, a enfermidade é silenciosa. Por isso, os exames de sangue devem estar sempre em pauta.
Quando esse acompanhamento não é contínuo ou a pessoa não tem bons hábitos de vida, no entanto, um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC) podem ser os primeiros avisos de que algo está fora do normal, e essas doenças sim apresentam sintomas.
No caso do ataque cardíaco, existem alguns indícios que merecem ser descritos aqui. Portanto, fique ligado aos sinais abaixo:
- Dor ou desconforto no centro do peito, assim como nos braços, ombro esquerdo, cotovelos, mandíbula ou costas;
- Dificuldade para respirar ou crises de falta de ar;
- Sensação de enjoo ou vômito;
- Desmaios ou tonturas;
- Suor frio;
- Palidez.
Já para o AVC, os possíveis sintomas são:
- Dormência na face, braços ou pernas, especialmente em um lado do corpo;
- Confusão, dificuldade para falar ou para entender;
- Complicações para enxergar com um ou ambos os olhos;
- Dificuldade para andar;
- Tonturas;
- Perda do equilíbrio ou da coordenação;
- Dor de cabeça intensa;
- Desmaios ou inconsciência.
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Quando incluir exames preventivos na rotina?
Pessoas que não apresentam um histórico de doenças cardíacas na família devem começar a realização de exames do coração entre 35 e 45 anos de idade. Já os indivíduos que possuem algum histórico familiar relacionado à essas comorbidades deverão iniciar a prevenção a partir dos 30 ou 35 anos.
Assim sendo, é válido ficar atento aos exames que constam na lista dos chamados preventivos. Exames laboratoriais como os de colesterol, bem como triglicérides e glicemia são recomendáveis.
Do mesmo modo, os exames não-invasivos são de fundamental importância. Entre eles podemos citar o ecocardiograma, teste ergométrico, eletrocardiograma, assim como o raio-x de tórax, cintilografia e o holter 24 horas. Em relação aos exames invasivos, destaque para a angiografia e a ecografia transesofágica.
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A quais exames se submeter e quais são os fatores de risco mais comuns?
Apenas o médico especialista em saúde cardiovascular saberá avaliar quais exames são indicados para o seu caso. Por isso, vale fazer consultas periódicas de acordo com a sua faixa etária, com a finalidade de descobrir a possibilidade do desenvolvimento de doenças e verificar o histórico familiar.
Entretanto, é indispensável que você conheça os fatores de risco comportamentais. Conforme já citamos acima, dietas inadequadas, o sedentarismo, fumo e o uso nocivo do álcool podem gerar complicações. Os efeitos dos fatores comportamentais de risco podem se manifestar por meio da pressão arterial elevada, bem como da glicemia alta, hiperlipidemia, sobrepeso e obesidade.
5 medidas importantes para prevenir doenças cardiovasculares
Conheça cinco dicas que têm se mostrado eficazes para diminuir o risco de doenças cardiovasculares e estão entre os fatores modificáveis para o desenvolvimento do problema:
- A cessação do tabagismo;
- A redução do sal na dieta;
- O consumo de frutas e vegetais;
- A prática regular de atividades físicas;
- A moderação do consumo de álcool.
Há casosem que o tratamento medicamentoso será necessário, como por exemplo, para pessoas que sofrem com a diabetes, hipertensão e hiperlipidemia. Outros pontos determinantes para o surgimento de doenças cardíacas são a globalização, assim como a urbanização e o envelhecimento. Níveis elevados de estresse e fatores hereditários também contam.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia alerta: prevenção é essencial para reduzir mortes por doenças cardiovasculares. Faça sua parte e viva com o coração bem e tranquilo!
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*(dados de 28/07/2021)