Responsável pela produção de hormônios que atuam em diferentes partes do metabolismo do corpo, a tireoide é uma glândula localizada na porção central e inferior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão.
Problemas no funcionamento da glândula afetam órgãos importantes, como o coração, cérebro, fígado e rins e ainda podem provocar alterações nos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória e até no humor. Por isso, o mau funcionamento da tireoide pode causar impactos importantes sobre a saúde como um todo. As principais doenças associadas aos distúrbios da tireoide são o hipotireoidismo e o hipertireoidismo.
Segundo dados do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o hipotireoidismo ocorre em cerca de 2% a 15% da população brasileira e acomete mais mulheres do que homens. Já os casos de hipertireoidismo afetam aproximadamente 7% dos brasileiros.
Hipotireoidismo versus hipertireoidismo
As doenças na tireoide ocorrem quando há uma redução da produção de hormônios pela glândula (hipotireoidismo) ou a produção excessiva deles (hipertireoidismo). Cada uma dessas intercorrências é marcada pela presença de diferentes sintomas. Confira:
Sintomas do hipotireoidismo
- Cansaço excessivo;
- Depressão;
- Intolerância ao frio;
- Dificuldade de concentração;
- Redução dos batimentos cardíacos;
- Perda de memória;
- Sonolência;
- Ressecamento da pele;
- Dores musculares;
- Queda de cabelo;
- Intestino preso e evacuação irregular;
- Ganho de peso.
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Sintomas do hipertireoidismo
- Taquicardia;
- Nervosismo, ansiedade e irritação;
- Hiperatividade;
- Aumento da sudorese;
- Queda de cabelo e/ou fraqueza do couro cabeludo;
- Fraqueza nos músculos, especialmente nos braços e coxas;
- Intestino solto e evacuação frequente;
- Aumento do apetite;
- Olhar fixo;
- Olhos esbugalhados;
- Alterações no ciclo menstrual (ou sua interrupção);
- Perda de peso importante.
Atenção
A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço alerta: embora os portadores de hipertireoidismo tendam a ganhar peso e os de hipertireoidismo tendam a perdê-lo, os diversos graus com que essas doenças ocorrem podem não provocar alterações significativas na balança. Por isso, é importante observar a presença do conjunto de sintomas e buscar uma avaliação médica para um diagnóstico do problema.
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Quais as causas do hipotireoidismo?
A causa mais comum para o hipotireoidismo é a presença de uma enfermidade denominada Tireoidite Crônica de Hashimoto. A doença é autoimune, causada por uma falha do sistema imunológico, que leva o organismo a produzir anticorpos que atacam a tireoide, provocando a destruição da glândula ou a redução de sua atividade.
O uso de alguns medicamentos e o consumo excessivo de iodo (presente no sal de cozinha) também podem levar ao hipotireoidismo.
Há ainda o hipotireoidismo congênito, decorrente da ausência ou do mau funcionamento da glândula tireoide desde o nascimento. Em geral, esse problema tende a ser diagnosticado na infância porque ele impede o crescimento e o desenvolvimento dos recém-nascidos.
Quais as causas do hipertireoidismo?
A principal causa do hipertireoidismo está associada à presença da doença de Graves. Ela também é uma doença autoimune, mas se caracteriza pela presença de anticorpos que estimulam o funcionamento da glândula a produzir hormônios em excesso.
A doença de Graves é responsável por 3 em cada 4 casos de hipertireoidismo, mas outras doenças, como a presença de bócio com nódulos, também podem afetar o funcionamento da glândula.
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Tratamentos
A diminuição da produção de hormônios pela tireoide que leva ao hipotireoidismo é decorrente de uma situação quase sempre irreversível. Em geral, a doença é tratada por meio de terapias de reposição hormonal e precisa ser realizada por toda a vida.
Muitos pacientes abandonam o tratamento porque ele pode exigir a ingestão de muitos comprimidos por dia ao longo de um período prolongado até que se possa controlar a doença. Mas é importante persistir no tratamento e avaliar com o médico efeitos indesejáveis que possam ocorrer.
O uso contínuo do medicamento permite a melhora lenta e gradual dos sintomas até o desaparecimento deles, e a terapia não pode ser interrompida ou os sintomas da doença reaparecem.
Diferentes abordagens podem ser adotadas nos casos do hipertireoidismo e devem ser estabelecidas pelo médico. Os tratamentos incluem o uso de medicamentos que atuam na diminuição da produção de hormônios e terapias com iodo radioativo, que provoca uma lesão celular na glândula e reduz a sua atividade, ou cirurgia. A escolha dos métodos a serem usados depende das características da doença e de suas causas.
A doença de Graves, principal causadora do hipertireoidismo, não tem cura. Mas com os tratamentos adequados ela evolui para a remissão não sendo necessário o uso de medicamentos por toda a vida.
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1 Comments
Adorei meu marido tem hiper Tava controlado, agora fez exame e subiu teve de aumentar a dose