As doenças respiratórias atingem os órgãos e as estruturas do sistema respiratório, causando desde irritações até inflamações e obstrução, o que pode dificultar seriamente a passagem do ar ou mesmo impedir a respiração.
Para ter ideia da seriedade das doenças respiratórias, no mundo todo, elas ocupam o posto de terceira causa de morte, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A seguir, vamos descobrir as principais causas das condições mais comuns.
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Fatores que podem causar doenças respiratórias
Com exceção das doenças respiratórias que têm aspectos genéticos ou da presença de outros problemas sistêmicos que levam ao seu desenvolvimento, muitas delas têm o estilo de vida ou fatores ambientais como importantes causas.
Especialistas do Hospital do Coração de São Paulo explicam que pessoas mais sedentárias, que dormem pouco e se alimentam mal, por exemplo, prejudicam a resposta de defesa do organismo, abrindo espaço para que doenças respiratórias se instalem. Não cuidar para que o ambiente ao redor seja saudável também é fator de risco para condições respiratórias comuns.
Saiba mais sobre as principais causas do problema:
Infecções virais
Atacam alguns órgãos do sistema respiratório, causando inflamações nos brônquios, nas vias aéreas e nos pulmões.
Poluição do ar e tabagismo
Ambos colocam o organismo em contato com dióxido e monóxido de carbono (além de centenas de substâncias nocivas presentes no cigarro), que vão enfraquecendo o sistema respiratório.
Uso inadequado de medicamentos
Algumas interações medicamentosas podem apresentar efeitos colaterais que levam a reações alérgicas que afetam as vias respiratórias e os pulmões.
Ácaros, fungos, pelos de animais e pólen
Presentes em ambientes domésticos, esses pequenos organismos podem provocar alergias que desencadeiam doenças respiratórias. O mesmo vale para produtos químicos, como material de limpeza.
Ambiente seco e/ou pouco ventilados
Tende a causar problemas respiratórios porque torna um pouco mais difícil o ato de respirar, além de permitir a proliferação de certas bactérias.
Falta de hidratação e má alimentação
Fazem com que o organismo tenha sua imunidade diminuída, facilitando que vírus e bactérias se instalem no sistema respiratório.
Agora que você já conhece os fatores de risco para doenças respiratórias, vale saber mais sobre sintomas e características de algumas delas.
Asma é um problema comum em crianças
A asma acomete cerca de 150 milhões de indivíduos em todo o mundo, de acordo com a OMS, com elevada frequência em crianças.
Os principais sintomas dessa doença pulmonar são:
- Chiado ao respirar;
- Aperto no peito;
- Tosse seca;
- Respiração curta e rápida.
Esses sinais tendem a ser mais intensos à noite e durante as primeiras horas da manhã.
Agentes genéticos e ambientais podem agravar os sintomas da asma, por isso, é importante ter atenção especial à exposição a partículas de poeira, ácaros e fungos, além de variações no clima como umidade e temperaturas baixas.
Infelizmente, a asma não tem cura, mas precisa ser controlada, porque pode desencadear desde insônia e ansiedade até alterações permanentes na estrutura e no funcionamento dos pulmões, com risco de morte nos casos mais graves.
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Inflamação é causa de bronquite, sinusite e rinite
A bronquite é uma grave inflamação nas vias aéreas responsáveis por transportar o oxigênio até os pulmões. Por isso, dificulta a passagem de ar e torna a respiração difícil e cansativa. Outros sintomas incluem:
- Falta de ar;
- Irritação na garganta;
- Tosse com secreção;
- Chiado e dores no peito.
Crianças e idosos são mais suscetíveis a crises de bronquite, que geralmente são associadas a gripes e resfriados. Mais um ótimo motivo para manter a vacinação em dia, especialmente no inverno.
Já a sinusite consiste em uma inflamação que acomete a mucosa dos seios da face, que são cavidades ósseas na região ao redor do nariz, das maçãs do rosto e dos olhos. Pode aparecer de maneira secundária em resposta a uma infecção, alergia ou outra doença que dificulte a drenagem de secreção nesses espaços.
Os principais sintomas da sinusite são:
- Obstrução nasal com secreção;
- Pressão ou dor facial;
- Diminuição ou perda do olfato;
- Dor de ouvido, no maxilar superior e dentes;
- Tosse;
- Garganta inflamada;
- Náuseas.
A rinite é a irritação associada à inflamação infecciosa, alérgica ou irritativa da mucosa interna do nariz. A versão alérgica pode ser considerada a doença de maior prevalência entre as doenças respiratórias crônicas, de acordo com a OMS.
Seus sintomas incluem:
- Irritação, entupimento e coriza no nariz;
- Coceira e ardor nos olhos;
- Espirros e lacrimejamento.
Em geral, eles são decorrentes do contato com vírus e bactérias e da exposição a ácaros, poeira domiciliar, saliva de animais, fumaça de cigarro e produtos químicos e de limpeza.
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Bactérias e vírus podem causar pneumonia
A pneumonia é uma grave infecção que atinge os pulmões, em geral, por conta da entrada de algum agente infeccioso no espaço alveolar. Bactérias, vírus, fungos, reações alérgicas são exemplos. Um quadro de sistema imunológico fraco e até mesmo o estresse podem favorecer o desenvolvimento da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas de pneumonia incluem:
- Febre alta;
- Tosse;
- Dor no tórax;
- Alterações da pressão arterial;
- Confusão mental;
- Mal-estar generalizado;
- Falta de ar;
- Secreção de muco amarelado ou esverdeado;
- Toxemia (danos provocados pelas toxinas carregadas pelo sangue);
- Prostração (fraqueza).
Como envolve infecções, o tratamento pode pedir o uso de antibióticos e até internação hospitalar, especialmente se a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia como problemas renais e dificuldade respiratória, por exemplo.
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DPOC e enfisema pulmonar são irreversíveis
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é um problema progressivo que afeta principalmente os pulmões, destruindo os alvéolos. A doença pode aparecer em idosos ou em quem já teve tuberculose. Mas de acordo com a OMS, cerca de 80 milhões de pessoas sofrem com DPOC no mundo.
O enfisema pulmonar também tem a destruição gradativa dos tecidos pulmonares como principal característica, e isso acontece de maneira silenciosa, fazendo com que os sintomas só sejam notados em estágios avançados da doença.
Tanto a DPOC quanto o enfisema pulmonar são problemas irreversíveis, cuja principal causa é a exposição constante a poluentes ou tabaco. As duas doenças respiratórias também se se assemelham nos sintomas:
- Tosse persistente, quase diária, com expectoração de secreção;
- Falta de ar;
- Chiado no peito.
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Tuberculose é uma doença respiratória altamente contagiosa
A tuberculose se instala a partir da inalação de bacilos vindos da fala, espirro ou tosse de uma pessoa que já está doente. Isso significa que é infecciosa e altamente transmissível. Ela acomete principalmente os pulmões, mas pode afetar outros órgãos.
No Brasil, a doença é um sério problema de saúde pública: a cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose.
O principal sintoma do problema é a tosse na forma seca ou produtiva (com catarro). Mas há outros sinais que podem estar presentes como:
- Febre vespertina;
- Sudorese noturna;
- Emagrecimento sem motivo;
- Cansaço ou fadiga.
Importante dizer que, caso a pessoa apresente sintomas assim, é fundamental procurar atendimento médico de emergência. Se for caso de tuberculose, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível para se evitar a proliferação da doença.
A seguir, veja como você pode se proteger contra doenças respiratórias.
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Como evitar as doenças respiratórias
Como dissemos anteriormente, é possível evitar o aparecimento de várias doenças respiratórias adotando hábitos mais saudáveis e cuidando bem do ambiente ao redor, especialmente o doméstico. Mas outras dicas podem ajudar na prevenção e, por isso, merecem ser reforçadas:
- Lave bem as mãos regularmente e evite o contato delas com o rosto;
- Mantenha a carteira de vacinação em dia e não dispense a vacina anual da gripe;
- Não fume, tome bastante água e se alimente de forma saudável;
- Faça a respiração da maneira correta (sempre pelo nariz e não pela boca), para que o ar seja filtrado corretamente;
- Regularmente, faça inalação e vaporização para hidratar as vias aéreas;
- Invista na qualidade do sono como forma de reforçar a imunidade;
- Mantenha a umidade do ar adequada, com uso de aparelho umidificador ou colocando toalhas molhadas no ambiente;
- Faça um teste de alergia para conhecer as possíveis ameaças ao seu sistema respiratório.
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